Após ter apostado na vinculação ao presidente Jair Bolsonaro em 2020, colhendo um saldo de apoios tímidos do Palácio do Planalto e fracassos eleitorais em Rio e São Paulo, o Republicanos colocou o pé no freio e desenha uma aproximação mais discreta com o chefe do Executivo em 2022. De acordo com o jornal O Globo, na Bahia, Bolsonaro incentiva o ministro da Cidadania, João Roma, a se lançar ao governo. O Republicanos, porém, costura um apoio à pré-candidatura de ACM Neto (DEM), que atraiu o partido para seu grupo político ao articular, em 2016, a filiação de Roma, à época seu chefe de gabinete na prefeitura de Salvador. Roma e Neto estão rompidos desde que o primeiro assumiu o ministério, e o segundo tem rejeitado se vincular a Bolsonaro para evitar uma polarização que possa favorecer o pré-candidato do PT ao governo, o senador Jaques Wagner.
Por outro lado, a desfiliação de Roma é que passou a ser considerada no Republicanos, como forma de manter o acordo atual com o DEM. Reservadamente, pessoas ligadas ao partido também afirmam que há conversas com Wagner, que tenta atrair o partido para a chapa petista. O Republicanos foi aliado ao PT baiano nos dois mandatos de Wagner como governador, entre 2006 e 2014, e afastou-se na atual gestão de Rui Costa, mas segue tendo quadros com afinidade com o senador petista. Mesmo com o foco no Legislativo, em pelo menos quatro estados — Bahia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Santa Catarina — há pré-candidatos do Republicanos a governador. Reservadamente, integrantes da sigla avaliam que as candidaturas têm poucas chances de prosperar.
Informações: BNews
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