Na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira, 30, Jair Bolsonaro voltou a atacar a Rede Globo. Ele se irritou com matéria exibida no JN de ontem. O telejornal apresentou uma linha do tempo com frases controversas do presidente minimizando a gravidade da pandemia de covid-19 e o crescente número de mortos no Brasil. A edição marcou média de 32 pontos de audiência, uma das maiores de abril.
"Essa imprensa lixo chamada Globo. Ou melhor, lixo dá para ser reciclado. Globo nem lixo é, porque não pode ser reciclada", disse, diante de apoiadores e de alguns jornalistas.
Bolsonaro voltou a falar sobre a renovação da concessão do principal canal da família Marinho. A autorização para a continuidade do funcionamento da TV precisa ter analisada em 2022, último ano de seu mandato.
"Não vou dar dinheiro para vocês. E, em 2022, não é ameaça não, assim como faço com todo mundo, vai ter que estar direitinho a contabilidade para que possa ter a concessão renovada. Se não estiver tudo certo, não renovo a de vocês e nem a de ninguém", anunciou.
Bolsonaro já havia ameaçado suspender a transmissão da Globo durante live realizada em outubro de 2019. Na ocasião, ele se enfureceu com matéria do JN a respeito de citação de seu nome na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá, no processo de renovação (da concessão) de vocês. Não vai ser perseguição. Mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho para vocês nem para ninguém", informou em recado à emissora.
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